COMO CONCELEBRAR
A SANTA MISSA
"A concelebração, manifesta oportunamente a unidade do sacerdócio e do sacrifício, bem como a de todo
o povo de Deus [...] (IGMR, 199).
RITOS INICIAIS
"Os ritos que precedem a liturgia da palavra – entrada, saudação, ato penitencial, Kýrie (Senhor, tende piedade de nós), Glória e oração coleta – têm o carácter de exórdio, introdução e preparação. É sua finalidade estabelecer a comunhão entre os fiéis reunidos e dispô-los para ouvirem devidamente a palavra de Deus e celebrarem dignamente a Eucaristia. Em algumas celebrações que, segundo as normas dos livros litúrgicos, se ligam à Missa, os ritos iniciais omitem-se ou realizam-se de modo específico" (IGMR, 46).
Formada a procissão, o celebrante principal dará o sinal para iniciar a celebração:
Iniciemos!
Na procissão de entrada, faz-se a vênia diante do altar.
*Vênia*
Após subir o presbitério, beija-se o altar e toma seu lugar.
*Beijo o Santo altar*
*Beijo o Santo altar*
A Celebração Eucarística se inicia conforme o disposto no Missal Romano.
Participará da Santa Missa como os demais fiéis, apenas respondendo às monições do celebrante principal.
Se houver segunda leitura, o leitor a fará no ambão, como acima.
Ao final acrescenta:
Leitor: Palavra do Senhor.
Todos aclamam:
℟.: Graças a Deus.
LITURGIA DA PALAVRA
"A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura com os cânticos intercalares. São seu desenvolvimento e conclusão a homilia, a profissão de fé e a oração universal ou oração dos fiéis. Nas leituras, comentadas pela homilia, Deus fala ao seu povo, revela-lhe o mistério da redenção e salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. Pela sua palavra, o próprio Cristo está presente no meio dos fiéis. O povo faz sua esta palavra divina com o silêncio e com os cânticos e a ela adere com a profissão de fé. Assim alimentado, eleva a Deus as suas preces na oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro" (IGMR, 55).
Todos se sentam, inclusive o concelebrante (se não for ele que fará as leituras). O leitor dirige-se ao ambão para a primeira leitura.
Ao final acrescenta:
Leitor: Palavra do Senhor.
Todos aclamam:
℟.: Graças a Deus.
(Após as leituras, é aconselhável um momento de silêncio para meditação.)
Todos aclamam:
℟.: Graças a Deus.
(Após as leituras, é aconselhável um momento de silêncio para meditação.)
O salmista ou o cantor recita o salmo, e o povo o estribilho.
Se houver segunda leitura, o leitor a fará no ambão, como acima.
Ao final acrescenta:
Leitor: Palavra do Senhor.
Todos aclamam:
℟.: Graças a Deus.
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO
FAZENDO AS VEZES DO DIÁCONO
Se houver turíbulo, o celebrante principal deitará incenso no mesmo.
O concelebrante, após isso, inclinado diante do altar reza em silêncio.
*Inclino-me e rezo em silêncio*
Ó Deus todo-poderoso, purificai-me o coração e os lábios, para que eu anuncie dignamente o vosso santo Evangelho. (não é necessário copiar e colar esta oração, apenas fazer a ação de rezá-la em silêncio)
*Inclino-me e rezo em silêncio*
Ó Deus todo-poderoso, purificai-me o coração e os lábios, para que eu anuncie dignamente o vosso santo Evangelho. (não é necessário copiar e colar esta oração, apenas fazer a ação de rezá-la em silêncio)
Se houver envageliário, ele o tomará em suas mãos e, elevando, seguirá em procissão pra o ambão.
Se não houver, seguirá imediatamente para o ambão, ao término da oração.
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Se o celebrante principal for um epíscopo (bispo, patriarca, cardeal ou o papa), deverá, como o diácono, inclinando-se diante do epíscopo, pedir a bênção em voz baixa:
Dá-me a tua bênção.
O epíscopo diz em voz baixa:
O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo (Feita por sussurro).
O celebrante principal põe-se de pé para ouvir a proclamação.
O concelebrante dirige-se ao ambão em procissão, tomando o evangeliário do altar, se houver, onde proclamará o evangelho.
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Em qualquer um dos casos, se for oportuno, é acompanhado pelos ministros com o incenso e as velas, e diz:
Sac: O Senhor esteja convosco.
Sac: O Senhor esteja convosco.
O povo responde:
℟.: Ele está no meio de nós.
O concelebrante, fazendo o sinal da cruz no livro e, depois, na fronte, na boca e no peito, diz:
Sac: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo N.
℟.: Glória a vós, Senhor.
Se houver turíbulo, o concelebrante incensa o livro e proclama o Evangelho.
Terminado o Evangelho, o sacerdote diz:
Diác ou Sac: Palavra da Salvação.
O povo aclama:
℟.: Glória a vós, Senhor.
O concelebrante beija o livro e reza em silêncio.
*Beijo o livro, rezando em silêncio.*
Pelas palavras do santo Evangelho sejam perdoados os nossos pecados. (não é necessário copiar e colar esta oração, apenas fazer a ação de rezá-la em silêncio)
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Se o celebrante principal for um epíscopo, ao invés de ele próprio beijar, levará o livro aberto ao bispo, que, por sua vez, o beijará.
*Entrego livro aberto.*
Se for o evangeliário, além de beijar, o epíscopo dará a bênção.
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HOMILIA
Nos dias da semana, a Homilia é recomendada, mas facultativa. Aos domingos e solenidade, ela é de caráter obrigatório e deve ser feita por um membro do clero (diáconos, presbíteros ou epíscopos), podendo este ser o concelebrante.
LITURGIA EUCARÍSTICA
"Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e banquete pascal, por meio do qual, todas as vezes que o sacerdote, representando a Cristo Senhor, faz o mesmo que o Senhor fez e mandou aos discípulos que fizessem em sua memória, se torna continuamente presente o sacrifício da cruz. Cristo tomou o pão e o cálice, pronunciou a ação de graças, partiu o pão e deu-o aos seus discípulos, dizendo: «Tomai, comei, bebei: isto é o meu Corpo; este é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de Mim». Foi a partir destas palavras e gestos de Cristo que a Igreja ordenou toda a celebração da liturgia eucarística" (IGMR, 72).
OFERTÓRIO
FAZENDO AS VEZES DO DIÁCONO
Terminada a Homilia, o Credo ou as Preces da Assembleia (se houver), se não houver diácono, o concelebrante dirige-se ao altar para preparar as oferendas.
*Abro o corporal e estendo-o*
*Pego a patena e coloco-a sobre o corporal.*
*Pego a patena e coloco-a sobre o corporal.*
*Pego os cibórios, e coloco-os sobre o corporal.*
*Pego galhetas e deito vinho no cálice.*
*Pego galhetas e deito vinho no cálice.*
*Coloco uma pequena gota d'água, rezando em voz baixa.*
*Coloco o cálice sobre o corporal.*
*Abro o missal romano.*
*Chamo o celebrante.*
*Coloco o cálice sobre o corporal.*
*Abro o missal romano.*
*Chamo o celebrante.*
Ao lado do altar, enquanto o celebrante principal oferece os dons, o concelebrante apresenta o lavabo:
*Apresento lavabo.*
*Jorro água em suas mãos.*
*Entrego manustérgio.*
*Vênia.*
ORAÇÃO EUCARÍSTICA
"Inicia-se então o momento central e culminante de toda a celebração, a Oração eucarística, que é uma oração de ação de graças e de consagração. O sacerdote convida o povo a elevar os corações para o Senhor, na oração e na ação de graças, e associa-o a si na oração que ele, em nome de toda a comunidade, dirige a Deus Pai por Jesus Cristo no Espírito Santo. O sentido desta oração é que toda a assembleia dos fiéis se una a Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício" (IGMR, 78).
Iniciando a Oração Eucarística, o concelebrante deve se juntar ao celebrante principal, rodeando o Altar.
Toda a Oração Eucarística deve ser pronunciada pelo celebrante principal e também pelo concelebrante, enquanto o povo acompanha atentamente, com olhar contemplativo, podendo realizar as exclamações que lhe são cabíveis.
No momento da epiclese, o pedido do Espírito Santo sobre os dons, os concelebrantes devem estender as mãos e dizer junto com o celebrante principal. No momento da consagração, o concelebrante deve dizer junto ao celebrante principal, em voz baixa, as palavras da consagração, estendendo a mão nas palavras da consagração. Para isto, o concelebrante apenas usará as ações.
Por exemplo, na Oração Eucarística II:
Pres.: Na verdade, ó Pai, vós sois Santo, fonte de toda santidade.
*Estendo as mãos, rezando em voz baixa com o presidente*
Santificai, pois,estes dons, derramando sobre eles o vosso Espírito, a fim de que se tornem para nós o Corpo e + o Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.
*Uno mãos*
℟.: Enviai o vosso Espírito Santo!
Pres.: Estando para ser entregue e abraçando livremente a paixão, Jesus tomou o pão, pronunciou a bênção de ação de graças, partiu e o deu a seus discípulos, dizendo:
*Estendo mão direita em direção à hóstia e rezo em voz baixa junto presidente*
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
*Uno mãos e contemplo.*
O celebrante principal fará a genuflexão, enquanto o concelebrante apenas fará uma vênia profunda.
*Vênia profunda.*
Pres.: Do mesmo modo, no fim da ceia, ele tomou o cálice em suas mãos e, dando graças novamente, o entregou a seus discípulos, dizendo:
*Estendo mão direita em direção ao cálice e rezo em voz baixa junto presidente*
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
*Uno mãos e contemplo.*
O celebrante principal fará a genuflexão, enquanto o concelebrante apenas fará uma vênia profunda.
*Vênia profunda.*
O presidente diz: Pres.: Mistério da fé! ou outra fórmula e todos respondem.
As duas orações seguintes, o concelebrante diz em voz baixa junto do presidente. Basta fazer a ação:
*Abro braços e rezo em voz baixa com o presidente*
Quando o presidente fechar os braços, o concelebrante também fecha:
*Uno mãos*
Cada Oração Eucarística, conta com as partes dos concelebrantes, que são definidas por "1C" (primeiro concelebrante), "2C" (segundo concelebrante), "3C" (terceiro concelebrante) etc. Conforme a imagem.
Na foto, vemos a marca do primeiro concelebrante e do segundo concelebrante, na Oração Eucarística III. Se houver apenas um concelebrante, por exemplo, este pode fazer as partes dos demais. |
O concelebrante diz:
*Abro braços*
E faz sua parte na Oração Eucarística. Terminando, diz:
*Uno mãos*
Ao final da Oração Eucarística, o sacerdote entrega o cálice ao diácono, ou ao concelebrante, rezando em voz alta a doxologia.
*Ergo Cálice e Patena com a Hóstia*
Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a Vós Deus pai todo poderoso, na unidade do espirito santo, toda honra e toda glória, por todos os séculos dos séculos.
Todos: Amém
*Ergo Cálice e Patena com a Hóstia*
Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a Vós Deus pai todo poderoso, na unidade do espirito santo, toda honra e toda glória, por todos os séculos dos séculos.
Todos: Amém
Depois da aclamação, o concelebrante depõe o cálice sobre o corporal.
*Deponho Cálice sobre o corporal e cubro com a pala*
RITO DA COMUNHÃO
Dá-se início ao Rito da Comunhão, onde o sacerdote e os fiéis se preparam para receberem o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Senhor.
Este momento é composto da Oração do Senhor (Pai Nosso), da Oração pela Paz, da récita do Cordeiro (Agnus Dei) e do convite à comunhão (Eis o Cordeiro...).
O celebrante principal toma a hóstia, elevando-a sobre a patena e diz em voz alta, voltado para o povo:
Felizes os convidados para a Ceia do Senhor (ou palavras semelhantes, disponíveis no missal).
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
E o concelebrante, com o povo, acrescenta uma só vez:
Ass: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.
O concelebrante, depois do presidente, comunga do corpo e do sangue de Cristo.
*Comungo fração da Hóstia
*Comungo do Cálice
O concelebrante, se for o caso, toma o cibório/âmbula e vai ministrar a comunhão aos diáconos e aos fieis.
*Pego cibório*
Mostrando a hóstia um pouco elevada aos que vão comungar diz a cada um:
*Elevo hóstia*
O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde: Amém.
*Comungo fração da Hóstia
*Comungo do Cálice
O concelebrante, se for o caso, toma o cibório/âmbula e vai ministrar a comunhão aos diáconos e aos fieis.
*Pego cibório*
Mostrando a hóstia um pouco elevada aos que vão comungar diz a cada um:
*Elevo hóstia*
O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde: Amém.
Entrega a comunhão:
*Dou comunhão na mão.*
Ou:
*Dou comunhão na boca.*
Tendo ministrado a comunhão a todos os fieis, o concelebrante vai ao altar para a purificação, ou, se houver, diácono, o concelebrante depõe a âmbula sobre o altar e o diácono faz a devida purificação.
*Consumo restante do conteúdo do cálice*
*Purifico os cibórios, enxugo-os com o sanguíneo, e coloco-os na credência*
*Purifico patena sobre o cálice*
*Pego galheta e purifico o cálice*
*Seco-o com o sanguíneo e coloco-o ao lado direito*
*Pego o sanguíneo e coloco-o sobre o cálice, junto com a patena e a pala*
*Dobro o corporal e coloco-o sobre o cálice*
*Coloco o cálice na credência*
*Vênia*
*Consumo restante do conteúdo do cálice*
*Purifico os cibórios, enxugo-os com o sanguíneo, e coloco-os na credência*
*Purifico patena sobre o cálice*
*Pego galheta e purifico o cálice*
*Seco-o com o sanguíneo e coloco-o ao lado direito*
*Pego o sanguíneo e coloco-o sobre o cálice, junto com a patena e a pala*
*Dobro o corporal e coloco-o sobre o cálice*
*Coloco o cálice na credência*
*Vênia*
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Após a purificação, já estando em seu lugar, de pé, celebrante princiapl faz a Oração Depois da Comunhão.
RITOS FINAIS
"O rito de conclusão consta de: a) Notícias breves, se forem necessárias; b) Saudação e bênção do sacerdote, a qual, em certos dias e em ocasiões especiais, é enriquecida e amplificada com uma oração sobre o povo ou com outra fórmula mais solene de bênção. c) Despedida da assembleia, feita pelo diácono ou sacerdote; d) Beijo no altar por parte do sacerdote e do diácono e depois inclinação profunda ao altar por parte do sacerdote, do diácono, e dos outros ministros" (IGMR, 90).
Se necessário, façam-se breves comunicações ao povo.
Segue-se o rito de despedida. O celebrante princiapal abençoa o povo.
Em seguida, todos beijam o altar em sinal de veneração, como no início. Feita a devida reverência, retiram-se, em procissão.
Bendigamos o Senhor!
Ao que todos os ministros respondem:
Demos Graças a Deus.
OS SACRAMENTOS E OS SACRAMENTAIS
Os Sacramentos, conforme vimos na Formação Litúrgica, são sete: Batismo, Confirmação (Crisma), Eucaristia, Reconciliação (Confissão), Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio. Para nos auxiliar na celebração dos Sacramentos em nosso âmbito virtual, é-nos disponibilizado o Sacramentário Romano: https://sacramentarium-sanctase.blogspot.com/.
Além da celebração dos sacramentos, também nos são disponibilizados, neste mesmo livro, outros sacramentais, como as bênçãos para diversas ocasiões. Os Sacramentais, segundo o Catecismo de nossa Igreja, "oferecem aos fiéis bem dispostos a possibilidade de santificarem quase todos os acontecimentos da vida por meio da Graça divina que deriva do Mistério Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. (...). Estes são sinais sagrados por meio dos quais, imitando de algum modo os sacramentos, se significam e se obtêm, pela oração da Igreja, efeitos principalmente de ordem espiritual. Por meio deles, dispõem-se os homens para a recepção do principal efeito dos sacramentos e são santificadas as várias circunstâncias da vida (CEC, 1670).