Aula 9: Introdução à Fé Cristã

O objetivo desta seção de aulas intitulada Formação Teológica é inserir você, caro diácono, nos principais assuntos da fé cristã, como que fazendo um brevíssimo compêndio de nossa fé. Faremos isto não só para que você perceba um pouco da grandeza da teologia, mas, sobretudo, para prepará-lo para o anúncio de Jesus Cristo. A fé cristã, católica, está inserida no Símbolo da Fé, chamado credo ou creio. Esta primeira aula está pautada nos sete passos do querigma, que é o primeiro anúncio que os apóstolos faziam àqueles que aderiam a fé cristã. Uma fórmula muito breve para o anúncio da fé, contém estes passos:

Deus te ama (1), mas, você é pecador (2). Por isso, Jesus Cristo te salvou (3) e enviou o Espírito Santo sobre você (4), para te dar o dom da fé (5). Então, se converta (6) e faça parte da Igreja (7).

Simples, né? Sim, mas, não tanto. Para entendermos um pouco mais profundamente sobre o que cada passo quer dizer, vamos precisar penetrar no mistério da nossa fé. Sim, "nossa" fé. Não cremos sozinhos. Cremos com a fé da Igreja. E qual é a fé da Igreja?

Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu na Virghem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. 

9.1. O insondável mistério do amor de Deus que criou

Deus é amor. O próprio Deus é a fonte inesgotável de amor, uma bondade que transcende toda compreensão humana. Esse amor é a essência do Seu ser, pois Ele não apenas manifesta amor, mas é amor em sua plenitude. Essa verdade fundamental é confirmada na Primeira Carta de João (1 João 4, 8), que nos recorda que "quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor". A compreensão desse amor divino é uma jornada que nos conduz a um relacionamento profundo e íntimo com o Criador.

Ao contemplarmos o universo e a maravilha da criação, percebemos claramente o amor de Deus em ação. O ato da criação é a demonstração mais sublime de Seu amor generoso e criativo. O Livro do Gênesis nos apresenta essa narrativa majestosa, onde Deus, em Sua sabedoria e poder, dá origem ao cosmos e a toda a vida que o habita. Somos criados por amor, para o amor e em amor. Cada detalhe minucioso da natureza revela a delicadeza e a beleza desse amor incondicional que nos abraça desde o início dos tempos. E ao criar a humanidade à Sua imagem, Deus concede-nos a capacidade de compartilhar Seu amor com nossos irmãos e irmãs, tornando-nos colaboradores em Sua obra divina.

9.2. O pecado

O amor de Deus é eterno, e mesmo diante das escolhas humanas que conduziram à queda e ao pecado, Seu amor não vacila. O pecado é uma transgressão ou desobediência à vontade de Deus, expressa por meio de suas leis e mandamentos. Deus criou os seres humanos com liberdade de escolha, e essa liberdade inclui a capacidade de agir contra a vontade divina. O pecado não apenas afeta o relacionamento do indivíduo com Deus, mas também pode causar danos às outras pessoas e à comunidade em geral. A liberdade de escolha torna os seres humanos responsáveis por suas ações, e o pecado é visto como uma escolha consciente que quebra a harmonia com Deus e com o próximo.

Um conceito importante para nós é o entendimento do pecado original, baseado em Gênesis 3. A humanidade herdou uma condição de pecado desde o início dos tempos, quando Adão e Eva desobedeceram a Deus, comendo o fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal. Esse ato de desobediência resultou em uma ruptura no relacionamento entre a humanidade e Deus, uma mancha na natureza humana e uma propensão inata para o pecado. Assim, todos os seres humanos nascem com essa herança de pecado original, precisando de redenção e purificação.

A necessidade de um salvador é uma consequência direta do pecado original e da natureza pecaminosa da humanidade. Por conta do pecado, a humanidade não poderia restaurar por si só sua relação com Deus. De fato, a consequência do pecado é a morte. Portanto, foi necessário um salvador, Jesus Cristo, que assumiu o peso do pecado original. O pecado trouxe ruptura em nossa relação com Deus, mas Ele, em Sua infinita misericórdia, não nos abandonou à nossa própria sorte. Pelo contrário, prometeu enviar um Redentor, um Salvador que nos libertaria do pecado e nos reconciliaria com Ele. 

9.3. Jesus Cristo

A promessa do Salvador se cumpre em Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem. A encarnação de Cristo é o ápice do amor de Deus em nossa história, pois Ele se tornou um de nós, assumindo a nossa humanidade. Mas, antes de pentrarmos neste mistério, precisamos nos aprofundar um pouco noutro mistério intimamente conectado: a Santíssima Trindade. Nós cremos em um só Deus que é ao mesmo tempo uno e trino. É um só Deus, mas são três a pessoas divinas. Deus é Pai e Filho e Espírito Santo. Santo Atanásio explica isto em sua versão da profissão de fé, onde afirma:

A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus. Sem confundir as Pessoas nem separar a substância. Porque uma so é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo. [...] Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus. E contudo não são três deuses, mas um só Deus. [...] O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém. O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado. O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho. Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos. E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor, mas as três Pessoas são coeternas e iguais entre si.

Ainda difícil de entender? Preste atenção na imagem abaixo:


É deste modo que cremos num Deus uno e trino: a Santíssima Trindade. As pessoas não se confundem, não se misturam, mas não são três deuses e sim um único Deus. Ainda antes do tempo ser tempo, o Pai gerou o Filho e do Pai e do Filho veio o Espírito Santo, não num ato de criação e nem de geração. Deus não é criado, existe assim, Uno e Trino desde a eternidade. O Pai é o criador. Mas, quando o Pai cria, o Filho e o Espírito criam com Ele. Ainda assim, o Pai é o criador. Do mesmo modo acontece com o Filho que é o Salvador e com o Espírito Santo que é o Santificador.

A Bíblia contém várias referências à Trindade. Por exemplo, em Mateus 3, 16-17, durante o batismo de Jesus, a voz do Pai é ouvida do céu, o Filho é visto sendo batizado e o Espírito Santo desce como uma pomba. Outro exemplo é o Grande Mandamento em Mateus 28, 19, onde Jesus instrui seus discípulos a batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Pois bem, como o pecado entrou no mundo e recebemos a promessa de um Salvador, essa se cumpriu em Jesus Cristo. Ele é a segunda pessoa da Santíssima Trindade, a pessoa do Filho, que assumiu a nossa natureza humana, pois "o que não é assumido, não pode ser remido" (São Gregório Nazianzeno). A culpa do pecado era tão grande e ofendeu ao Deus Eterno que somente o próprio Deus poderia reconciliar a humanidade com Ele. 

O Filho, então, entra na história humana, por ação do Espírito Santo, no ventre da Virgem Maria e se faz homem. Jesus se faz homem em tudo como nós, menos no pecado. Mas, mesmo não tendo pecado, Ele assume a consequência do pecado: a morte. Jesus Cristo é, de fato, ao mesmo tempo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nosso Redentor e Salvador. Sobre o fato de ser verdadeiro Deus e verdadeiro homem, novamente é Santo Atanásio que explica:

A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem. É Deus, gerado na substância do Pai desde toda a eternidade; é homem porque nasceu, no tempo, da substância da sua Mãe. Deus perfeito e homem perfeito, com alma racional e carne humana. [...] E embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo. É um, não porque a divindade se tenha convertido em humanidade, mas porque Deus assumiu a humanidade.

A Salvação em Jesus Cristo é o núcleo da fé cristã. A salvação está em todos os momentos da vida de Jesus, incluindo Sua pregação, paixão, morte, ressurreição e ascensão. Como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Jesus encarnou para redimir a humanidade, enfrentando a condição de pecado herdada do pecado original.

A pregação de Jesus, retratada nos Evangelhos sinóticos, testemunha Sua mensagem de amor, arrependimento e perdão, anunciando o Reino de Deus e a necessidade de se reconciliar com o Pai. Sua pregação revelou a natureza graciosa de Deus, convidando os pecadores a abandonar o pecado e seguir Seus ensinamentos.

Jesus é o Messias, o cumprimento das profecias do Antigo Testamento que apontavam para a vinda de um Salvador. Na cultura judaica, a expectativa messiânica era a esperança de um líder ungido por Deus que libertaria o povo de Israel e estabeleceria o Reino de Deus. Acredita-se que Jesus é o cumprimento dessas profecias, e Seus sinais e obras confirmam Sua identidade como o Messias.

Os Evangelhos do Novo Testamento retratam Jesus realizando vários sinais e milagres como evidência de Sua divindade e missão messiânica. Esses sinais incluem a cura de enfermidades, a ressurreição dos mortos, a multiplicação dos pães, a caminhada sobre as águas e a libertação de pessoas possuídas por espíritos malignos. Cada um desses milagres revelava o poder e a autoridade divina de Jesus, confirmando que Ele era mais do que um simples profeta ou mestre, mas o próprio Filho de Deus encarnado.

Além dos sinais e milagres, Jesus também ensinou sobre Seu papel como o Messias por meio de parábolas e discursos. Suas palavras enfatizavam a chegada do Reino de Deus, o arrependimento dos pecados, a prática do amor e da justiça, e o convite para seguir Seus ensinamentos. Sua autoridade para perdoar pecados e Sua relação única com Deus, o Pai, foram elementos centrais de Sua pregação.

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, conforme registrado nos Evangelhos, também é considerada um evento messiânico. O povo o recebeu com aclamações messiânicas, estendendo ramos de palmeiras e o chamando de "Hosana", o que refletia a expectativa de que Ele seria o libertador prometido.

A paixão de Cristo, a partir da Última Ceia até a crucificação, é um momento central na Salvação. Na Última Ceia, Ele instituiu a Eucaristia, fornecendo Seu corpo e sangue como alimento espiritual. Na agonia no Jardim do Getsêmani, Jesus aceitou o plano do Pai, submetendo-se à Sua vontade para a redenção da humanidade. Sua morte na cruz é vista como um ato de expiação vicária, onde Ele carregou os pecados da humanidade e restaurou a relação com Deus, sendo o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Isto quer dizer que o próprio Jesus assumiu para si a morte a qual toda pessoa humana estava condenada e pagou a pena dos nossos pecados, reconciliando-nos com o Pai.

Com a ressurreição de Jesus, através de Sua vitória sobre a morte, Ele venceu o poder do pecado e abriu o caminho para uma vida nova em comunhão com Deus.  A ressurreição não apenas confirmou Sua autoridade sobre a vida e a morte, mas também selou a vitória sobre o pecado e abriu a promessa de vida eterna para aqueles que creem Nele. Por fim, com a ascensão de Cristo, Ele retornou à glória do Pai, inaugurando Sua presença contínua através do Espírito Santo. Nesse evento, Ele garantiu um lugar no céu para a humanidade, preparando um lugar para Seus seguidores e intercedendo por eles perante o Pai.

Em síntese, a Salvação em Jesus Cristo é um ato redentor abrangente, que compreende Sua pregação do Reino, suas curas e sinais, a paixão e morte sacrificial como expiação pelos pecados, a ressurreição que concede vida nova e a ascensão que garante um lugar no céu. Jesus, como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, cumpre o propósito redentor de Deus para a humanidade caída e agora resgatada por amor.

9.4. O Espírito Santo

Já tendo explicado a Santíssima Trindade, precisamos enfatizar agora a figura do Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade. É o Espírito Santo que foi enviado sobre os apóstolos após a ascensção de Jesus, no dia de Pentecostes. O Espírito Santo age juntamente com o Pai e o Filho, desde o princípio até à consumação do desígnio da nossa salvação. Mas é nestes últimos tempos, inaugurados com a Encarnação redentora do Filho, que Ele é revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa.

O Espírito Santo: inspirou as Escrituras e a Tradição; assiste o Magistério da Igreja; nos põe em comunhão com Cristo na liturgia sacramental, através de suas palavras e símbolos; interce por nós em oração; edifica a Igreja nos carismas e ministérios; manifesta sua santidade e continua a obra da salvação no testemunho dos santos e de todas as pessoas que buscam ser fiéis a Deus.

O Espírito Santo é uma Pessoa divina da Santíssima Trindade e não pode ser reduzido a uma mera representação simbólica, como a pomba que apareceu no batismo de Jesus. Ao longo da história da salvação, o Espírito Santo assumiu várias formas para revelar Sua presença e atuação na vida dos fiéis. No Antigo Testamento, o Espírito era frequentemente associado ao sopro criador de Deus, manifestando-se na criação do universo e capacitando líderes e profetas, como Moisés e Elias. No Novo Testamento, o Espírito desceu sobre Jesus em forma de pomba no batismo, mas também se manifestou como vento e línguas de fogo no Pentecostes, capacitando os apóstolos a proclamarem o Evangelho em várias línguas. Além disso, o Espírito age na vida dos fiéis de maneira invisível e pessoal, concedendo dons espirituais, inspirando a oração e guiando-os na busca da santidade e da vida cristã. Sua presença diversificada e atuação na história da salvação revelam a riqueza de Sua pessoa divina e a universalidade de Sua ação no mundo.

9.5. A fé

Se, até agora, tudo foi história, é preciso partir desta história de salvação para um ato: a fé. Ter fé é um ato pessoal de confiança e adesão a Deus. A fé é uma resposta livre e consciente ao chamado divino, em que o indivíduo reconhece Deus como o Criador e Salvador e aceita Sua revelação através das Escrituras e da tradição da Igreja. Essa crença é acompanhada por uma busca contínua de intimidade com Deus e um desejo de viver de acordo com Sua vontade. A fé não é apenas um conjunto de crenças intelectuais, mas também envolve uma resposta afetiva e volitiva. 


A fé, ainda, é um dom de Deus que permite ao fiel se entregar totalmente a Ele e encontrar sentido e propósito na vida. A fé é nutrida através da oração, dos sacramentos e do estudo da Palavra de Deus. Ela se fortalece através das experiências pessoais de graça e da vivência da comunidade cristã. A fé é uma jornada contínua de crescimento e amadurecimento espiritual. Ela é testada e refinada por meio das adversidades e desafios da vida, mas também é fortalecida pela alegria e esperança encontradas na presença de Deus. Ter fé é confiar plenamente em Deus, mesmo diante das incertezas e dificuldades, e entregar-se a Ele com um coração aberto e disposto.

A fé é essencial para a vida cristã e a salvação. É através da fé que os fiéis são justificados e recebem a graça de Deus. A fé também é um chamado à missão e ao serviço ao próximo, inspirando a ação caritativa e a busca pela justiça e paz no mundo. De fato, a fé deve traduzir-se em obras:  "Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras." (Tiago 2, 17-18).

9.6. A conversão

A fé, porém, nos remexe e precisa nos levar a conversão. A conversão é um processo contínuo e vital para a vida cristã. Ela envolve uma mudança profunda de coração e mente, uma transformação interior que leva o indivíduo a se afastar do pecado e a se voltar para Deus em arrependimento e fé. A conversão não se limita a um evento pontual, mas é um caminho de crescimento espiritual e busca por santidade ao longo da vida. Ela é um ato de graça divina, onde o Espírito Santo age no coração da pessoa, convidando-a a seguir Jesus e a acolher o Evangelho como um estilo de vida. A conversão inclui uma resposta pessoal à graça de Deus, uma decisão livre e consciente de abraçar a fé e se comprometer com o seguimento de Cristo.

A conversão implica uma reconciliação com Deus e com os irmãos, bem como um desejo de viver de acordo com os valores do Evangelho. Além disso, a conversão é um chamado a crescer na fé, aprofundar a oração e a comunhão com Deus, e a buscar uma vida de virtude e caridade. É um processo que pode ser desafiador, mas também recompensador, pois conduz a pessoa a uma maior conformidade com Cristo e a uma vida de graça e esperança em Deus.

9.7. A Igreja

Por fim, vem a vida na Igreja. Já explicamos o sentido da Igreja. Mas, agora, convém destacarmos que a Igreja é o lugar privilegiado da vida da fé. É na Igreja que os fiéis encontram-se com Jesus Cristo de maneira especial através dos sacramentos, da Palavra de Deus e da oração comunitária. É na Igreja, ainda, que os cristãos são nutridos e fortalecidos na sua caminhada espiritual, recebendo a Eucaristia, que é o próprio Corpo e Sangue de Cristo, e encontrando a orientação e a inspiração da Palavra de Deus proclamada nas liturgias. Além disso, a Igreja é uma comunidade de fé, onde os fiéis se apoiam e se encorajam mutuamente na busca de uma vida cristã autêntica. A vivência da fé em comunidade é essencial, pois permite que os cristãos se unam em oração, compartilhem suas experiências de fé, testemunhem o amor de Cristo através do serviço ao próximo e participem da missão evangelizadora da Igreja.


A necessidade da fé ser vivida em vida comunitária baseia-se na natureza intrinsecamente relacional da fé cristã. A comunhão dos fiéis na Igreja reflete a unidade da Santíssima Trindade e a vocação cristã para viver em amor e solidariedade uns com os outros. A partilha da fé em comunidade fortalece os laços fraternos, proporcionando encorajamento, apoio e consolação nos momentos de dificuldades e alegrias. É na comunhão dos santos que os fiéis encontram exemplos inspiradores de santidade e são chamados a serem testemunhas vivas do Evangelho no mundo. Além disso, a vida em comunidade possibilita uma maior diversidade de dons e talentos, capacitando a Igreja a cumprir sua missão de ser sal da terra e luz do mundo. A vivência da fé em comunidade é uma resposta concreta à mensagem de amor e unidade ensinada por Jesus, e é um testemunho vivo do Reino de Deus em meio à sociedade.